terça-feira, 15 de setembro de 2009

O vendedor de laranjas


Um homem esforçado na arte de vender frutas especializou-se na vendagem de laranjas. Selecionava as mais saborosas qualidades para seus clientes. Esmerava-se no oferecer seu produto.
O negócio dele teve crescimento acima da média, pois ele sonhava com a venda de laranjas. Seus depósitos não ficavam vazios em nenhuma ocasião. Houve admiração da clientela e ciúme dos concorrentes.
Criou-se a proibição para vendedores “descredenciados”. Ele foi mandado ir vender em outra região. Lá chegando, pessoas aglomeraram-se para conhecer seu produto, e ele, mais uma vez, foi bem-sucedido.
Ofereceram a ele uma “loja” em cidade vizinha, e lá se foi nosso vendedor iniciar outra vez. Ele não conseguia desanimar-se diante de tantas mudanças determinadas pela “lei”. A venda estava em seu sangue.
A vantagem de ele ser “transferido” para muitos lugares diferentes, ao invés de frustrá-lo, encorajava-o e desafiava-o. Ele foi ficando conhecido e estimado em todos os lugarejos em que desenvolvia seu ofício.
O espírito de paralisá-lo com táticas de mudanças não deu certo, pois ele assumiu convicção permanente de sua obra. O esfriamento desejado por outrem para aquietar o vendedor não funcionou; pelo contrário, fê-lo mais preparado, pois deveria relacionar-se com pessoas de culturas e costumes diferentes.
O grande trunfo do vendedor era a confiança das pessoas em seu produto. Suas laranjas eram sadias e de sua própria produção. Frutas azedas e podres não tinham espaço em seus depósitos. Ele queria mais que ser um grande vendedor, queria servir bem. Queria compartilhar saúde com as pessoas.
O vendedor não abrigou mágoas e nem desgosto em relação aos concorrentes; o coração magoado não consegue realizar bons negócios. Quando terminava o dia de vendagens, ele agradecia ao céu pela oportunidade recebida. Os fatos mutáveis dão novas visões e ensinamentos ao sábio.
Os compradores buscarão o produto de boa qualidade onde ele estiver. O vendedor deve ser diligente para sempre ter o que oferecer. Depósitos vazios significam ausência de empenho, mas o vendedor narrado nesta história jamais passou por tal experiência negativa.

Autor: Pr. Odair Alves de Oliveira

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